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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

RNA mensageiro das proteínas E6 e E7 nas células do colo uterino.

A infecção causada pelo papilomavírus humano (HPV) ocupa o primeiro lugar no ranking das doenças virais sexualmente transmissíveis. Dos cerca de 100 tipos de HPV, cinco estão associados à quase totalidade dos casos de câncer de colo de útero – o segundo tipo de câncer mais comum entre as brasileiras e o quarto que mais mata no País.
Quando uma mulher recebe diagnóstico positivo para um HPV de alto risco para câncer, a conduta mais comum é submetê-la a tratamentos, como a cauterização ou a retirada cirúrgica da região lesionada. Cada caso e cada paciente deve ser analisado individualmente e o tratamento adequado deve ser escolhido. A prevenção ao câncer de colo de útero ocasionado por HPV fica mais simples com um exame recém-chegado ao Brasil que detecta a atividade do vírus. Por meio dele é possível identificar entre as pacientes contaminadas quais estão sob alto risco de desenvolver um tumor maligno. De acordo com os levantamentos mais recentes, em 70% das infecções o vírus pode permanecer inativo. Assim, nessas situações, as mulheres podem optar por acompanhar o comportamento do HPV e só agir se ele se manifestar.

Desenvolvido na Noruega no início dos anos 2000 e usado atualmente em vinte países, o novo exame analisa a presença do RNA-mensageiro (RNAm) das proteínas E6 e E7 nas células do colo uterino. O RNAm é a substância responsável por decodificar as informações do DNA de uma célula na forma de proteínas – a E6 e a E7 – no caso do câncer de colo de útero. Altamente oncogênicas, tais proteínas destroem o sistema de defesa celular. Para evitar a replicação de mutações genéticas indesejáveis, as células defeituosas produzidas pelo organismo são induzidas ao suicídio – ou apoptose, no jargão científico. A E6 e a E7 impedem essa morte programada, facilitando a multiplicação acelerada de células doentes e, consequentemente, induzindo ao câncer. Com a análise da atividade do HPV, o exame norueguês é 3,5 vezes mais preciso para indicar o risco de câncer do que os testes tradicionais, capazes de identificar apenas a presença e o tipo de vírus.

A probabilidade de um HPV inativo entrar em ação é baixa. Só ocorre quando a mulher apresenta queda imunológica expressiva ou é acometida por outras infecções. Além disso, trata-se de um vírus de evolução lenta: leva anos para deflagrar um tumor maligno. Tais características, associadas ao novo exame, permitem a adoção de uma conduta conhecida como vigilância ativa. Ela significa fazer análises a cada meio ano. Há três meses, a bióloga Joana, de 40 anos, descobriu ser portadora do HPV 16, o tipo de vírus causador de 60% dos casos de câncer uterino. Como o resultado do teste norueguês foi negativo – ou seja, o HPV estava quieto –, Joana optou por acompanhar o comportamento do vírus. "Fiquei mais tranquila por não ter de me submeter a uma cirurgia para a retirada da parte do útero infectada", diz Joana.

A presença do vírus, na maioria das vezes, é flagrada pelo exame ginecológico mais popular, o Papanicolaou. No início da contaminação, o HPV, mesmo inativo, provoca alterações na estrutura das células do colo uterino, facilmente identificadas no microscópio do patologista. Em uso desde 2006, a vacina contra o vírus apresenta eficácia de 95% no combate a 70% dos casos de câncer de colo de útero. Há dois tipos de vacina. Uma delas previne contra as duas variedades de HPV associadas à maioria dos tumores. A outra protege ainda contra os dois tipos de HPV que mais comumente levam à formação de verrugas genitais, lesões que aumentam o risco de outras infecções sexualmente transmissíveis. A rigor, a vacina é indicada para mulheres entre 9 e 26 anos, a faixa etária analisada nos estudos clínicos. No dia a dia dos consultórios, no entanto, os médicos recomendam que a imunização seja feita pouco antes do início da vida sexual, quando as meninas ainda não se expuseram a nenhum tipo de HPV. Alguns aplicam a vacina até em faixas etárias maiores. Se administradas corretamente (três doses no período de seis meses), as pesquisas indicam que a prevenção é de, em média, sete anos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Médicos entram na Justiça contra proibição da venda de emagrecedores

Anvisa baniu medicamentos derivados de anfetamina no Brasil:
O CFM (Conselho Federal de Medicina) entrou na Justiça nesta quinta-feira (13), com uma ação contra a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a venda de algumas substâncias usadas no tratamento da obesidade (anfepramona, femproporex e mazindol).
O CFM defende o uso dessas fórmulas como auxiliares no tratamento de pacientes e pede o fortalecimento de mecanismos de controle de seu uso, sob supervisão de médico qualificado na prescrição e na supervisão de cada tratamento.
Na argumentação do CFM consta que o uso indevido de medicamentos é uma questão que está ligada ao controle e à fiscalização de sua prescrição, “não diz respeito especificamente aos medicamentos anorexígenos em si”.
Decisão
Com a decisão da Anvisa, os remédios com anfetamina não podem mais ser prescritos pelos médicos, nem fabricados no país, e os atuais registros serão cancelados. As farmácias e drogarias terão dois meses para retirá-los das prateleiras.
Sociedades médicas brasileiras discordaram da decisão da Anvisa e há a intenção de ir à Justiça contra a medida.
No dia 4 deste mês, a Anvisa também proibiu o mazindol, inibidor de apetite que age diferente dos outros dois remédios. Com isso, o CFM anunciou que entraria na Justiça contra a proibição de remédios que atuam no sistema nervoso central e são derivados de anfetamina (femproporex e dietilpropiona).
Fonte:R7 Disponível em http://www.sbac.org.br/